A edição 2024 do TICAL, realizada no Windsor Barra Hotel do Rio de Janeiro, concluiu com grande sucesso após reunir cerca de 200 participantes de toda a América Latina, Caribe e Europa. Durante o evento, especialistas em tecnologia, líderes acadêmicos e representantes de instituições-chave debateram sobre o impacto da inteligência artificial (IA), blockchain, ciência aberta e cibersegurança na educação, pesquisa e saúde.
A 13a edição da Conferência TICAL, sob o lema "Conectando conhecimento: IA e dados como catalisadores da transformação acadêmica e social", concluiu com sucesso em Rio de Janeiro, Brasil, após reunir cerca de 200 participantes da América Latina, Caribe e Europa. O evento, que aconteceu de 3 a 5 de dezembro, foi organizado pela RedCLARA, o projeto BELLA II e a Rede Nacional de Educação e Pesquisa (RNIE) do Brasil, RNP. Além disso, contou com o apoio de patrocinadores destacados que impulsionam a inovação digital na região: NOKIA, Calriz, Ruckus, SheerID, Q13 e a Escola Superior de Redes.
A conferência destacou-se como um ponto de encontro para consolidar parcerias, explorar soluções inovadoras e continuar construindo uma visão compartilhada para a transformação digital da região. Na sessão inaugural e durante sua apresentação sobre o Projeto BELLA II, Luis Eliécer Cadenas, diretor executivo da RedCLARA, destacou a importância da colaboração regional como uma ferramenta para reduzir a brecha digital e promover o desenvolvimento econômico e social. "Nossa força está em pensar e construir juntos. O impossível é alcançado quando trabalhamos em cooperação", disse.
Durante o encontro, Cadenas também destacou o potencial e impacto do BELLA II, implementado pela RedCLARA e co-financiado pela União Europeia (UE), que tem como objetivo contribuir para a redução da brecha digital e a consolidação do ecossistema digital regional, Expandindo a conectividade que permite impulsionar projetos de desenvolvimento.
Por sua vez, Nelson Simões, diretor geral da RNP, destacou que a cooperação regional não só permite fortalecer infraestruturas tecnológicas, mas também garantir oportunidades inclusivas na educação e nas ciências.
Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de participar em mais de 40 palestras, mesas redondas e sessões interativas, onde foram compartilhados casos de sucesso e discutidas soluções para superar os desafios atuais na digitalização educacional e sustentabilidade tecnológica. Em particular, a necessidade de criar infra-estruturas inclusivas e acessíveis tornou-se um dos compromissos centrais dos líderes presentes.
Especialistas internacionais de destaque lideraram as sessões, como o Dr. Seiji Isotani, da Universidade de São Paulo, e o Prof. Ulises Cortés, do Barcelona Supercomputing Center, que exploraram como a inteligência artificial (IA) pode transformar a educação e a ciência. Também foram abordados temas cruciais como a cibersegurança, a sustentabilidade digital e a ciência aberta, com contribuições das RNIE, RedCLARA, GÉANT e entidades aliadas.
Também houve momentos emocionais, como o reconhecimento oferecido a Tania Altamirano, Gerente de Relações Acadêmicas da RedCLARA, homenageada por sua liderança na Rede Universitária de Telemedicina da América Latina (RUTE-AL); o reconhecimento da sólida e frutífera trajetória de Thomas Fryer como Head of International Relations da GÉANT e do inestimável legado que deixará na RNP e na RedCLARA, Nelson Simões, que no próximo ano encerrará sua gestão.
O encerramento do evento foi marcado por painéis que destacaram o impacto das tecnologias emergentes em áreas como educação personalizada e gerenciamento de dados científicos. Enfatizou como essas ferramentas podem transformar os processos tradicionais, embora com desafios éticos, energéticos e de implementação tecnológica.
O gerente de serviços da RedCLARA, Carlos González, aprofundou o impacto do blockchain na gestão de dados e sua interação com a inteligência artificial. Destacou casos específicos, como a certificação digital de diplomas acadêmicos e a identificação de dados em pesquisas científicas, destacando seu potencial para reduzir custos administrativos e aumentar a transparência.
Gonzalez também ilustrou como blockchain pode ser um facilitador para a ciência aberta, fornecendo mecanismos para rastrear a origem e usos de dados em pesquisas. Além disso, ele explorou o papel desta tecnologia no financiamento de projetos científicos, permitindo um acompanhamento mais preciso dos resultados e garantindo a eficiência no uso dos recursos.
TICAL2025 se concentrará em fortalecer parcerias público-privadas e promover projetos colaborativos que ampliem o impacto social das TICs na América Latina. O evento será na Costa Rica.